queria que esse primeiro post fosse especial, afinal, é um texto de apresentação e se não for tão bom quanto eu espero, resume basicamente que nada aqui será. Bom, eu realmente espero que seja. Esse é o primeiro blog que eu tenho, antes havia criado um tumblr mas não me faz tão bem quanto fazia. Embora não tenha coragem de excluí-lo, fiquei muito feliz quando criei o blog. Estava há varias semanas pensando se devia - eu sou bem assim, transformo decisões banais em escolhas monumentais e por vezes desastrosas. Espero que essa não tenha sido uma delas. Escrever me faz tão bem que é difícil encontrar palavras para medir o quanto. Meio clichê essa frase, me desculpe por isso - não me identifico com clichês. Mas eu realmente preciso disso. Palavras. Tenho uma sede infinita por elas. Já passei noites em claro transformando meus pensamentos em escrita e lendo os pensamentos de outras pessoas.
Ás vezes me sinto desumana, mas não no sentido cruel da palavra. "Não-humana" mesmo, sabe? Porque muitas vezes estou sentada, parada, observando o mundo. Não sei se posso dizer que sou uma escritora, não acredito que eu escrevo tão bem, mas o que eu sei: sou de fato, uma observadora. Lembro de minha mãe me contando: eu, por volta dos cinco anos de idade na escolinha. Era hora da saída e quando ela foi me buscar, me achou sentada no banco. Ela me perguntou o que eu fazia ali, ficou preocupada por eu não estar brincando com as outras crianças. Eu respondi que estava observando. O sorriso delas. O cabelo da menina alta ao descer no escorregador: ele voava e aquilo me fascinou de um tanto.
É preciso que eu esclareça: não sou uma solitária. Pelo contrário. Nunca conheci alguém que apreciasse tanto festas, filmes e passeios. Mas ao mesmo tempo que vivo e aproveito, eu sinto o sofrimento alheio para descrevê-lo em palavras. Acho que isso é tudo. Obrigada pelo seu tempo (:
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