Hipoteticamente Falando
domingo, 29 de janeiro de 2012
Estava vagando pela internet e achei esse vídeo incrível, contando a história de uma garota autista que, depois de anos sem conseguir emitir uma palavra, é colocada a frente de um computador e demonstra extraordinária inteligência. Carly diz que é uma garota normal, presa em um corpo que faz coisas que ela não pode controlar. É fascinante a descrição dela sobre o autismo, sobre as sensações de seu corpo e seus pensamentos. Apesar de apresentar essa disfunção, Carly é muito esperta e lendo os textos que ela escreve, é possível conhecer sua visão do mundo, saber como é a vida de uma pessoa autista. Vale a pena ver o vídeo.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Manual da garota desalmada
Ela tem um profundo receio de não ser a melhor. Sua solução é roubar o melhor dos outros. Assim, sanguessuga e insuportável, ela sai pelas ruas vazias, encontrando até nos becos escuros algum tipo de vida da qual se possa tirar vantagem. Profissional no que para ela é apenas mais um hobby para matar o tédio, seu poder é infalhível e se possível, cada vez mais forte. O tipo de pessoa que tem um lugar no purgatório solicitado por ela mesma. Ela não tinha argumentos, mas vencia todas as discussões com quem se atrevia. Sua arma: a inteligência e a coragem. A maldita tem habilidade com as palavras, jogo de cintura e veneno no sangue, e, como se não fosse o suficiente, é incrivelmente inteligente e sem medo. Entretanto, não é aquele tipo de inteligência que se supera com bom caráter. Ela era boa no seu jogo pois era má. Aprendera certa vez: bondade nunca levou ninguém longe. A garota era perversão dos pés à cabeça. Talvez por isso tenha ido mais longe que qualquer outra que havia tentado.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Rock Brasília - Era de Ouro
Com um nome que acredito que seja um trocadilho para “anos de chumbo”, o período de forte ditadura no Brasil, Rock Brasília é um documentário criado por Vladimir Carvalho falando sobre o rock brasileiro no fim de 1970 e iniciando a década de 80. Há depoimentos de alguns dos integrantes das três bandas que bombavam na época: Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude(cujo trabalho eu não conheço muito bem ainda), todas de Brasília. Sobre o Aborto Elétrico, banda que posteriormente deu origem à Legião e Capital não há nenhuma referência ainda, mas é certo que o filme trará mais informações a respeito.
Ouve-se o trecho “somos tão jovens”, da música Tempo Perdido, com falas de artistas mostrando a grande influência da banda. Renato diz que eles eram punks e rebeldes, e Dinho esclarece que era devido ao caos que viviam e também ao abuso de drogas. Percebe-se nesse trailer o grande carinho dos artistas por Brasília e também as letras de música com o intuito de cismar com a polícia e mostrar a rebeldia adolescente. Não me canso de ver repetidas vezes o trailer e espero que o filme seja igualmente emocionante. A estreia está prevista para o dia 21 de Outubro, mas receio que não passará nos cinemas de todas as cidades.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Olá caro estranho,
queria que esse primeiro post fosse especial, afinal, é um texto de apresentação e se não for tão bom quanto eu espero, resume basicamente que nada aqui será. Bom, eu realmente espero que seja. Esse é o primeiro blog que eu tenho, antes havia criado um tumblr mas não me faz tão bem quanto fazia. Embora não tenha coragem de excluí-lo, fiquei muito feliz quando criei o blog. Estava há varias semanas pensando se devia - eu sou bem assim, transformo decisões banais em escolhas monumentais e por vezes desastrosas. Espero que essa não tenha sido uma delas. Escrever me faz tão bem que é difícil encontrar palavras para medir o quanto. Meio clichê essa frase, me desculpe por isso - não me identifico com clichês. Mas eu realmente preciso disso. Palavras. Tenho uma sede infinita por elas. Já passei noites em claro transformando meus pensamentos em escrita e lendo os pensamentos de outras pessoas.
Ás vezes me sinto desumana, mas não no sentido cruel da palavra. "Não-humana" mesmo, sabe? Porque muitas vezes estou sentada, parada, observando o mundo. Não sei se posso dizer que sou uma escritora, não acredito que eu escrevo tão bem, mas o que eu sei: sou de fato, uma observadora. Lembro de minha mãe me contando: eu, por volta dos cinco anos de idade na escolinha. Era hora da saída e quando ela foi me buscar, me achou sentada no banco. Ela me perguntou o que eu fazia ali, ficou preocupada por eu não estar brincando com as outras crianças. Eu respondi que estava observando. O sorriso delas. O cabelo da menina alta ao descer no escorregador: ele voava e aquilo me fascinou de um tanto.
É preciso que eu esclareça: não sou uma solitária. Pelo contrário. Nunca conheci alguém que apreciasse tanto festas, filmes e passeios. Mas ao mesmo tempo que vivo e aproveito, eu sinto o sofrimento alheio para descrevê-lo em palavras. Acho que isso é tudo. Obrigada pelo seu tempo (:
Ás vezes me sinto desumana, mas não no sentido cruel da palavra. "Não-humana" mesmo, sabe? Porque muitas vezes estou sentada, parada, observando o mundo. Não sei se posso dizer que sou uma escritora, não acredito que eu escrevo tão bem, mas o que eu sei: sou de fato, uma observadora. Lembro de minha mãe me contando: eu, por volta dos cinco anos de idade na escolinha. Era hora da saída e quando ela foi me buscar, me achou sentada no banco. Ela me perguntou o que eu fazia ali, ficou preocupada por eu não estar brincando com as outras crianças. Eu respondi que estava observando. O sorriso delas. O cabelo da menina alta ao descer no escorregador: ele voava e aquilo me fascinou de um tanto.
É preciso que eu esclareça: não sou uma solitária. Pelo contrário. Nunca conheci alguém que apreciasse tanto festas, filmes e passeios. Mas ao mesmo tempo que vivo e aproveito, eu sinto o sofrimento alheio para descrevê-lo em palavras. Acho que isso é tudo. Obrigada pelo seu tempo (:
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